Dois estudos conseguiram reprogramar células adultas da pele humana (fibroblastos), inserindo quatro novos genes nessas células facilmente cultiváveis em laboratório. A inserção desses genes permitiu reprogramar as células de forma que elas se comportassem como se fossem pluripotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em diversos tipos celulares especializados. Como a técnica dispensa o uso de embriões, criticado por opositores à pesquisa com esse tipo de células e proibido em alguns países, ela derruba o embargo ético e legal da pesquisa. O método já havia sido demonstrado com sucesso em camundongos em julho de 2006. Desde então, laboratórios do mundo inteiro vinham tentando aplicá-lo com êxito em células humanas, o que foi conseguido de forma independente por dois grupos (um grupo dos Estados Unidos e um do Japão). A obtenção de células-tronco embrionárias sem a necessidade do uso de embriões e da conseqüente destruição dos mesmos pode tornar desnecessário o procedimento de clonagem; porém, o uso efetivo da nova técnica para a pesquisa de terapias celulares depende ainda de aperfeiçoamentos. É preciso, por exemplo, desenvolver métodos para eliminar os vírus usados como vetor para a inserção dos novos genes e para garantir que esses genes não sejam incorporados ao genoma dos fibroblastos. "Se for confirmada a capacidade da técnica de gerar células capazes de se diferenciar sem riscos, a pesquisa de terapias celulares deve ganhar um fôlego considerável", Bernardo Esteves.
Fontes:
(1)Revista Ciência Hoje - vol. 40. Julho de 2007
Postado por: Patrícia
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