quarta-feira, 3 de março de 2010

Doença de Gaucher

A doença de gaucher é uma síndrome genética autossômica recessiva que resulta de mutações no gene que codifica a enzima glicocerebrosidase, que cliva o resíduo de glicose da ceramida. Os glicocerebrosídeos se formam continuamente a partir do catabolismo de glicolipídios derivados das membranas celulares de leucócitos senescentes e de eritrócitos.
Como a enzima não funciona direito, esta gordura (o glicocerebrosídeo) não é digerida dentro do lisossomo, e se acumula progressivamente nas células, os macrófagos. Estes macrófagos ficam grandes, cheios de glicocerebrosídeo não digerido e, que passam a ser chamados de "células de Gaucher. Como resultado, o glicocerebrosídeo se acumula, principalmente nas células fagocíticas do corpo, mas também no SNC.
O acúmulo das células de gaucher produz uma variedade de mudanças anatômicas grosseiras. O baço fica aumentado, algumas vezes com 10 Kg. A linfoadenopatia é de leve a moderada e ocorre ao longo do corpo. O acúmulo dessas células na medula óssea podem produzir erosão óssea ou grandes massas tumorais, maciças e cinzentas que causam deformidade esquelética ou destroem o osso suficiente para dar origem a fraturas.
O diagnóstico pode ser feito medindo-se a atividade da glicocerebrosidase nos leucócitos ou em extratos de fibroblastos. A quitotriosidase, uma enzima sintetizada pelos macrófagos é um biomarcador relativamente específico para a doença de Gaucher.
O tratamento é baseado na terapia da reposição enzimática que proporciona ao paciente uma expectativa de vida normal. Entretanto, esta terapia é extremamente cara!
BIBLIOGRAFIA
Rogério Vivaldi. Terapia de Reposição Enzimática: Passado, Presente e Futuro. Vice-presidente sênior e Gerente geral da Genzyme.
Kumar, Abbas, Fausto. Patologia – Bases Patológicas das Doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

Postado por: Cicero

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