Impetigo é uma infecção bacteriana que atinge a camada mais superficial da pele, a derme. Ocorre com mais frequencia no verão: época em que a temperatura propicia a proliferação destes organismos. Esta doença tem maior prevalência em crianças, em razão da menor resistência que a pele tem neste momento da vida.
O contágio se dá pelo contato direto, principalmente por meio de lesões cutâneas, como picadas de inseto, arranhões ou cortes pré-existentes nesta região. Roupas e toalhas podem, também, ser via de transmissão, em casos mais raros.
Em condições usuais, a pele do RN é estéril no momento do nascimento, vindo a contaminar-se no canal do parto. A contaminação cutânea de crianças nascidas através de cesariana se dá mais tardiamente. A pele normal do recém-nascido e do lactente é resistente à invasão pela maioria das bactérias que continuamente entram em contato com a pele.
Existem três tipos de flora que podem ser encontradas na pele: transitória, resistente e patogênica. A flora transitória é constituída por uma enorme gama de bactérias provenientes do meio ambiente, que presumivelmente não proliferam e são removíveis com facilidade por lavagens e escovação. A flora residente é constituída por um número menor de bactérias, que se encontram regularmente na pele de pessoas normais, não sendo facilmente removidas. As bactérias da flora patogênica não fazem parte da flora cutânea usual, instalando-se na pele apenas se houver um contínuo aporte destas bactérias de uma fonte externa ou interna ou se houver uma ruptura da barreira cutânea por doença ou trauma. Entre as bactérias patogênicas que lesam a pele, encontram-se o estreptococo e o estafilococo agentes causadores do impetigo.
Então existem três tipos de flora que podem ser encontradas na pele:
a) Transitória – é constituída por uma grande gama de bactérias e são removíveis com facilidade (lavagem e escovação).
b) Residente – encontra-se regularmente na pele de pessoas normais.
c) Patogênica – não fazem parte da flora cutânea usual. Agentes causadores do Impetigo: Estreptococo e estafilococo
O impetigo é uma lesão primária da pele, bastante contagiosa, que pode envolver qualquer parte da superfície cutânea sendo mais comum, no recém-nascido, na região peri umbilical e ao redor das narinas.
A lesão começa como uma mácula de 1 a 2mm, eritematosa, que logo progride para uma vesícula ou bolha de paredes muito delgadas. As vesículas ou bolhas rompem-se muito facilmente drenando um líquido fluído amarelado e com grumos, que, ao ressecar, forma uma crosta cor de mel, que é achado característico da doença. O exsudato se espalha com facilidade através das mãos, roupas e toalhas, formando lesões satélites adjacentes ou mais distantes.
Existem dois tipos de impetigo:
Bolhoso: associado ao estafilococo dourado fago II. A lesão produzida pelo estafilococo geralmente afeta a região periumbilical e a face do recém-nascido, por serem as narinas, olhos e cordão umbilical os reservatórios naturais da bactéria.
Vesículo-pustular: causado pelo estreptococo beta hemolítico. As lesões estreptocócicas são mais comuns nas extremidades inferiores, com maior freqüência nos meses de maior calor. A simples presença da bactéria na pele não é suficiente para produzir a lesão, sendo necessária uma ruptura da barreira cutânea, geralmente devida à picada de inseto, ou à escabiose.
Tratamento
Recomenda-se que o tratamento seja iniciado em até 48 horas após o aparecimento dos sintomas, visto que esta doença, em casos não muito frequentes, pode evoluir para um quadro mais grave, como febre reumática, varicela, glomerolunefrite ou se espalhar em outros órgãos; além da possibilidade de causar manchas nas regiões afetadas. Antibióticos orais, derivados da penicilina, são requeridos. Pomadas à base de mupirocina podem, também, ser recomendadas pelo médico.
Consiste em romper todas as bolhas e vesículas mecanicamente e remover as crostas com água morna e sabão. Às vezes é necessário amolecer as crostas mais duras com compressa de água morna até que seja possível sua remoção. Uma vez retiradas as crostas, as lesões devem ser tratadas com pomadas de neomicina e bacitracina. Esta operação deve ser repetida no mínimo duas vezes ao dia, até a cicatrização completa. É importante tratar concomitantemente os reservatórios das bactérias, como as mãos das pessoas da casa, coto umbilical, conjuntivas, etc. Nos casos mais extensos, com lesões mais profundas ou com sintomas gerais (febre, recusa alimentar, apatia) deve-se usar antibiótico sistêmico.
Para o impetigo estreptocócico: dose única de penicilina benzatina. Para o impetigo estafilocócico estão indicadas a eritromicina, o cefadroxil ou outras cefalosporinas e clindamicina. Outra alternativa geralmente eficaz e mais barata é a sulfa-trimetroprim.
As crianças pequenas que apresentam lesões mais profundas ou com sintomas gerais devem ser hospitalizadas para receberem antibióticos endovenosos e/ou drenagem cirúrgica.
Postado por : Taynara
Fonte: http://www.aguaviva.mus.br/enfermateca/Patologias/impetigo.htm
http://www.brasilescola.com/doencas/impetigo.htm
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