domingo, 18 de abril de 2010

Doença de Parkinson (DP)

A doença de Parkinson (DP), foi descrita por James Parkinson em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns dos dias de hoje. Possui distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes sócio-econômicas. Estima-se uma prevalência em nosso país não conhecida.
Do ponto de vista patológico, a DP é uma doença degenerativa caracterizada por morte de neurônios dopaminérgicos da substância nigra e por inclusões intracitoplasmáticas destes neurônios, conhecidas como corpúsculos de Lewy. As manifestações clínicas da DP incluem tremor de repouso, bradicinesia, rigidez roda denteada e anormalidades posturais. Como é uma doença progressiva, que usualmente acarreta incapacidade severa após 10 a 15 anos, o impacto social e financeiro é elevado, particularmente na população mais idosa.
Após a identificação das alterações patológicas e bioquímicas no cérebro de pacientes com DP, que surgiu o primeiro tratamento com sucesso, abrindo caminho para o desenvolvimento de novas terapias efetivas. A introdução da levodopa representou o maior avanço terapêutico na DP, produzindo benefícios clínicos para praticamente todos os pacientes e reduzindo a mortalidade por esta doença. Com a progressão da doença, os pacientes passam a apresentar manifestações que não respondem adequadamente à terapia com levodopa, tais como episódios de congelamento, instabilidade postural, disfunções autonômicas e demência.
O processo de degeneração de neurônios dopaminérgicos nigroestriatais leva a uma redução da modulação da dopamina estriatal e conseqüentemente, a alterações motoras. Esse modelo prediz que, aumentando-se a estimulação dopaminérgica ou reduzindo-se a estimulação colinérgica ou glutamatérgica, os sintomas melhoram. Deste modo, existem atualmente vários modos de intervenção farmacológica sintomática:
· Levodopa standard ou com formulações de liberação controlada, associados com inibidor da dopadecarboxilase (carbidopa ou benserazida);
· Agonistas dopaminérgicos;
· Inibidores da monoamino oxidase B (MAO-B): selegilina;
· Inibidores da catecol-O-metiltransferase (COMT): tolcapone e entacapone;
· Anticolinérgicos;
· Antiglutamatérgicos: amantadina.
O objetivo inicial do tratamento da DP deveria ser reduzir a progressão dos sintomas. Uma vez que o tratamento sintomático seja requerido, os medicamentos devem produzir melhora funcional com um mínimo de efeitos adversos e sem induzirem o aparecimento de complicações futuras. Este protocolo não pretende propor uma maneira única de tratamento dos pacientes com a DP, mas, sim, servir de diretriz apontando para vantagens e desvantagens de diferentes opções terapêuticas. Estas diretrizes foram baseadas em estudos analisados pelo nível de evidência (vide protocolo completo).


Postado por: Taynara

Fonte:http:portal.saude.gov.br/saude/

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